sexta-feira, 24 de agosto de 2012

ÁRVORE DE BEIRA DE RIO (LUZ E SOMBRAS)


    NALDOVELHO

   Um cão velho de estrada,
   porteira aberta, cercas quebradas,
   caminho de pedras, velho caramanchão,
   casa grande, avarandada, 
   e atrás dela um rio,
   na beira do rio uma árvore...
   Faz tempo eu já passei, 
   ela ainda está por lá.

   Ipê-amarelo, todo ano, mês de setembro,
   ele desperta e vem nos brindar.

   E o velho cão agora mora na varanda,
   lado esquerdo de quem entra,
   e todos os dias aquele menino
   gosta de com ele brincar.

   Casa grande, avarandada, já em ruínas,
   morada de muitos fantasmas
   entre eles um cão velho de estrada,
   um menino e um poeta.

   Só o ipê-amarelo resiste vivo,
   solitária sentinela daquele lugar.

4 comentários:

  1. Quem de nós não deixa seus fantasmas pelos lugares em que anda, amigo Naldo? beijos de VC, a você e até aos seus fantasmas...

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  2. Nostalgia gostosa.
    Me fez viajar ao meu tempo de criança.
    Parabéns poeta!

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  3. Que sobreviva o ipê, testemunha ocular da história!
    Sempre belo, Naldo!
    Parabéns
    Abraços

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  4. QUE POEMA BELO E NOSTÁLGICO, AMIGO POETA, Naldo Velho....<3.

    MAGAL ROCHA.!!!!

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