sexta-feira, 11 de maio de 2012

É QUANDO... (ARQUIVO)

   NALDOVELHO

   É quando o tempo da gente
   aponta pra porta
   e diz não importa
   se vamos sofrer.

   É quando, janelas abertas,
   em noites desertas,
   denunciam a insônia
   que consome o meu ser.

   É quando a lua enxerida
   pergunta até quando
   e o porquê dos enganos?
   Era pra ser bem mais fácil!

   É quando a poesia arranha,
   incomoda e assanha,
   inquietude que eu tenho,
   faz tempo que eu sonho.

   É quando o outono começa
   a revolver meus guardados,
   traz de volta o passado,
   traz de volta você.

   É quando o tempo da gente
   nos diz simplesmente:
   melhor abrir a porta
   e deixar acontecer.

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