NALDOVELHO
Quando
criança
uma pequena
fonte me sorria
do fundo do
meu quintal e eu sabia.
Pequena
mesmo,
pouco mais
que um olho d’água,
e ainda
assim ela sorria,
e brotava
cristalina
no meio
daquelas pedras,
e ao lado
dela
ao anoitecer
eu via
seres pirilampos,
pequeninas luas
que um dia
seriam cheias
lá no céu.
E daquela
pequena fonte eu bebia
águas que
sorriam
toda a vez
que eu dizia
do amor que eu
sentia,
e aí mais
sede me dava
e eu também sorria.
No fundo
daquele quintal
uma pequenina fonte,
e só eu via!
Acho que
criança ainda,
eu já gostava de poesia,
só que eu ainda não sabia.
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