NALDOVELHO
Esta
torneira aberta,
esta noite
deserta
e a vontade
de sair por aí,
carpir lágrimas
de outono,
exorcizar todo
este abandono,
tomar estrada,
sumir.
Esta
torneira aberta,
esta nostalgia
confessa
e a vontade
de dizer te amo,
ficar
lambuzado de sonhos,
cultivar
roseiras sem espinhos,
espalhar
sementes no porvir.
Esta
torneira aberta,
este poema
pingando,
gota a gota
me encharcando,
perdas,
dores, desenganos...
Melhor
acabar com isto,
tomar um
porre ir dormir.
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