NALDOVELHO
Meu pranto às vezes é rio
que me inunda por dentro,
é respiração afrontada
que denuncia o cansaço,
é olhar tristonho
que sente falta dos seus braços,
é a insônia insistente
que traz aridez pra dentro do
quarto.
Meu pranto às vezes é chuva
que molha meu corpo sedento,
é tarde friorenta de inverno,
é um amontoado de significados:
nostalgia, saudade, ternura;
é o carinho de um sorriso
ofertado
na lembrança de um tempo
que ficou para traz.
Meu pranto às vezes é acido
e deixa cicatrizes em meu rosto,
evidência do meu desconforto,
das muitas colheitas erradas,
e às vezes parece faltar um
pedaço,
meus olhos já não enxergam tão
bem,
e o meu coração bate desanimado
pela falta que você me faz.
Meu pranto quase sempre é poema,
palavras destiladas, demência,
veneno correndo nas veias,
e em minha bagagem, urgências,
contra baixo, trompete e piano,
e o meu ouvido a confundir as
coisas,
às vezes meu pranto parece um
blues,
hoje por exemplo o que eu escuto
é jazz.
Naldo nem sei o que dizer... Tão belo! Desejo apenas que o pranto passe e a poesia permaneça linda como sempre.
ResponderExcluirNaldo nem sei o que dizer... Belo!. Desejo que o pranto passe e que a poesia permaneça maravilhosa como sempre! Grande abraço.
ResponderExcluirMuito intenso,emotivo...coisa de poeta mesmo!!!
ResponderExcluirAdorei!
Como deve ser bom ter sempre poesia para descrever sentimentos que a vida nos proporciona!
lindo demais esse poema é sentimento do primeiro ao ultimo verso é o coração que fala com pureza de amor !!! beijos
ResponderExcluirCaro poeta, tuas palavras exprimem tudo o que se pode ser sentido n'alma...
ResponderExcluirSentir o poeta é mergulhar nas tuas palavras...
Ser poeta é ser Naldo Velho!