NALDOVELHO
Num simples corte,
lâmina afiada,
abre de fora a fora a cortina.
Amplitude de movimento
e uma pequena pedra...
Vidraça estilhaçada,
vento invadindo a sala,
trazendo a tarde em
seus braços.
Lá no meio da vida,
um menino assustado,
disfarça,
finge que não é com
ele,
e em passos largos
caminha em direção
a próxima esquina.
Eu sempre quis
quebrar-lhe a vidraça,
mas faltava-me a
coragem.
Tive que voltar a ser
menino
para poder fazer.
Agora, fica por sua
conta!
Saboreie a tarde que eu trouxe
para você.
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