NALDOVELHO
Na sala daquele
casarão
a morte joga
xadrez
com uma
sorridente criança
e irritada chega à conclusão
que perdeu
mais uma vez.
Na outra
extremidade da sala
um palhaço chora
sua desventura,
pois
loucamente apaixonado,
foi
abandonado pela bailarina
que fugiu
com um doutor.
Numa cadeira
de balanço,
perto da
janela, uma velha senhora,
compadecida
com aquela história,
tece numa
tapeçaria
rosas
vermelhas de amor e dor.
Na porta de
entrada
um velho pecador
em súplica e
desespero,
confessa envergonhado
que pecou
mais uma vez.
Na varanda
daquela casa
um andarilho
de passagem,
pede um
pouco de água,
abrigo por
uma noite
e um pedaço
de pão.
O dono da
casa
que a tudo
observa,
tem
esperança
que um dia a
criança
assuma o
nosso porvir.
E eu, aqui
de castigo,
a tudo
observo, faz tempo,
e anoto
essas histórias,
num livro
intitulado memórias,
só não sei
ainda o porquê!
Um passeio pela casa das suas memórias!
ResponderExcluirParabéns, sempre!
Abraços