NALDOVELHO
Cada vez
mais distante
da carícia da
amante,
do sorriso
do amigo,
do aconchego
do abrigo,
da delicadeza
do outono,
da ingenuidade
da criança,
das coisas
que importam,
da palavra
fazedeira,
da emoção companheira,
cada vez
mais distante.
E os meus
dias estão mortos,
e a minha
esperança se cala,
e eu arrumo
as malas,
acaricio o
batente da porta,
olho pela
janela e choro,
qualquer hora
dessas
eu vou ter
que viajar.
Se alguém
perguntar,
digam que eu
fui ali
e volto já!
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