NALDOVELHO
Eu percebo o sobrado morto,
portas arrombadas
janelas quebradas,
velho casarão abandonado
e invadido pela poeira e pelo
mofo,
restos, detritos, entulhos,
vestígios de um tempo
em decomposição.
No quintal tomado pelo mato,
uma roseira espinhenta
resiste e insiste:
rosas brancas em cachos,
vida em meio aos escombros.
No interior da casa eu percebo:
histórias, dramas,
enredos entrelaçados,
diversos tipos de teias,
sentimentos enraizados...
Lá fora um grupo de operários
se apronta para o último ato:
vai começar a demolição!
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