NALDOVELHO
Não importa que as portas
estejam fechadas,
haverá sempre uma possibilidade,
um descuido, uma fresta,
por pequena que seja, não importa!
Alguém ao entregar uma carta,
ou então um buquê de flores,
quem sabe a necessidade
de se arejar o ambiente,
custa nada acreditar!
Talvez ao abrir as janelas,
ao olhar para as luzes da cidade,
ao deixar que a friagem da noite
acaricie seu corpo...
Às vezes a madrugada
prega uma peça,
e traz vontade de andar pelas ruas,
de dobrar esquinas,
de colher gotículas de orvalho
nas folhas daquela roseira trepadeira
que insiste em galgar muros,
que quer ganhar mundo...
Quem sabe você se mira nela,
abre o seu coração
e deixa a luz do sol entrar.
Não importa quanto tempo leve,
fantasmas um dia vão ter
que abandonar este lugar.
beijos amigo linda poesia
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