NALDOVELHO
Madrugada de saudade pelas ruas da cidade,
na procura da poesia, no silêncio das
esquinas,
nos bares entristecidos e vazios,
nas janelas gradeadas, no rosto solitário
da menina,
na vontade de beber noites e noites de
orvalho,
na incapacidade de vencer nossos medos,
pois hoje a cidade vive sitiada;
sitiada por quem nos vê como inimigos,
e por pouca coisa ou quase nada
tem o poder de dar um fim às nossas jornadas.
E o que nos resta é o passado,
é amanhecer abraçado à nostalgia,
é sonhar que nos distantes mora a magia,
talvez na Pasárgada do poeta,
quem sabe possamos por lá
ser novamente felizes?
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