NALDOVELHO
Entre a
porta de entrada
e o portão
da rua
um cão feroz
guarda
a existência
de um regato,
uma roseira
espinhenta
roga pela
coragem de um abraço,
um caminho
de pedras
a espera dos
seus passos,
fantasmas vagam impunemente,
em de busca regaço,
faz tempo circulam perdidos,
presos que
estão
a inevitável
solidão.
Entre a
porta de entrada
e a porta do
meu quarto,
lembranças entranhadas
em cada canto,
em cada pranto...
Algumas
passam o tempo
tentando sensibilizar
o poema,
outras
tentam desafiar minha razão.
Uma estante
abarrotada de livros,
a maioria esquecidos,
faz tempo
não leio nada,
vista
cansada, silêncio, palpitações.
Dentro do
meu quarto
pássaros noturnos
zelam pelo
meu sono.
Caminhos de
pedras, muitos sonhos
esperam pelos
meus passos,
caminhos da imensidão!
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