NALDOVELHO
E aquela senhora
do alto dos
seus
nem sei
quantos anos
buscava em
seus panos
bordados que
contassem
sua história
de amor.
E enquanto o
fazia,
chorava de
saudade
das trilhas,
feitiços,
das ervas,
das rezas,
do carinho e
dos sonhos
e exorcizava
sua dor.
Aquela senhora
bordou em
seus panos,
caminhos de
ternura,
dias e
noites de paixão,
mas bordou
também suas perdas,
suas rugas,
cicatrizes,
rosas lindas
e espinhentas,
nostalgia e
solidão.
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