segunda-feira, 7 de julho de 2014

UM BRINDE ÀS MINHAS FRAGILIDADES

   NALDOVELHO

   Eu brindo à lágrima e às minhas fragilidades,
   à coragem de assumir possibilidades,
   à necessidade de levar muitos tombos
   e à vontade de me reerguer em meio aos escombros.

   Eu brindo à imprevisibilidade da paixão,
   a inevitável dor da perda e à solidão,
   a manter janelas e portas sempre abertas,
   eu brindo à necessidade das descobertas.

   Eu brindo à busca incessante pela ternura,
   à inquietude que alimenta a loucura,
   aos mistérios, questionamentos, revelações,
   eu brindo ao pecado e à redenção.

   Eu brindo à magia da palavra poesia,
   ao caminho que eu construo dia a dia,
   ao homem que cresce através dos seus ais,
   à bênção de ter forças para querer sempre mais.


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