NALDOVELHO
Eu vivo dentro do meu tempo
e nele eu danço, penso,
respiro, transpiro
e morro um pouco mais
a cada momento.
Eu ando abraçado ao meu tempo
e nele eu teço cantigas de amor
num jeito todo especial sonhar.
Mas ainda assim, meu tempo é ontem,
e eu não me canso de caminhar por lá.
Eu gosto de acariciar o passado,
tolice de um poeta!
que faz da palavra
o seu fiel relicário,
ferramenta de talhar na pedra
versos de lua cheia,
coisas que eu preciso semear.
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