NALDOVELHO
Um laço, um embaraço,
um amontoado de nós,
janelas e portas fechadas,
e o sol a procura de uma fresta
para avisar que não concorda
com a solidão que existe por aqui
e tenta desesperadamente
encontrar uma chave
para que eu possa me abrir.
Na mesa da sala,
uma dúzia de rosas,
uma garrafa de café,
um maço de cigarros
e o ambiente em penumbra,
fumaça, nostalgia, saudade...
Na vitrola, Djavan afirma
estar faltando um pedaço,
e eu digo que sim!
Fica combinado assim!
Você devolve o que me falta,
eu paro de escrever poemas,
vou dar umas voltas pelas ruas,
me perco nesta cidade,
tento achar um remédio
que ponha fim a loucura,
pois existe um oco no meu peito,
um nó que precisa ser desfeito,
para que eu possa prosseguir.
é preciso preencher os espaços,
ResponderExcluirjogar fora esta vitrola,
mandar a tristeza ir embora,
limpar todos os cinzeiros,
parar de fumar.____________ Belo meu querido poeta
Seus trabalhos, amigo Naldo Velho, ultrapassam a nossa espectativa. Parabéns por mais essa maravilha.
ResponderExcluirAbraços.
Sá de Freitas