NALDOVELHO
No fundo daquela tapera
pássaros se refugiam
do açoite dos nossos dias,
sonhos adormecem
e eu me vejo contrito
desfiando minhas preces.
No fundo daquela tapera
fantasmas se aquietam
e uma cabocla macera ervas
que curam a nostalgia.
No fundo daquela tapera
o silêncio é a magia,
exílio de um poeta;
e ali ele se ausenta,
esquece suas dores
e encontra a sua paz.
No fundo daquela tapera
eu cultivo meus carinhos:
pencas de rosas amarelas,
todas elas sem espinhos.
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