NALDOVELHO
Coisa
milagreira
é sentir o
vento no rosto,
tarde noite
de setembro
e a
primavera se assanha,
traz aconchego
na alma
e o sol
mergulhando na orla,
convida a
lua para reinar.
Coisa
milagreira
é o vento
tecendo um manto
de poesia e
acalanto,
olhei pela
janela do meu quarto
e vi seu
rosto desenhado no espaço,
fios
prateados a unir estrelas
e muita
música no ar.
Coisa milagreira
é colher
sementes de sonho
e colocá-las
todas em xaxins,
dar o tempo
que o tempo precisa
para depois
sair pelo mundo
a gritar versos
de alcova,
a poesia que
eu consigo ofertar.
Coisa
milagreira
é acordar
enroscado em seus braços,
é matar
minha sede em seu regaço,
é a cumplicidade
da saliva
trocada nas
horas precisas
e no céu a
lua alcoviteira
que vem nos
abençoar.
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