NALDOVELHO
Quando
eu me apercebo
de
tua presença e aconchego,
ponho-me
a explorar teus contornos,
só
para sentir minha pele em fogo
e
o meu coração em descompasso,
pois
tudo o que eu tento ou faço
resume-se
em estar perto de ti,
só
para sentir teu cheiro
e
ao meu toque arrepiar-te os pêlos,
pois
quanto mais eu me perco em carícias,
mais
forte ficam os laços,
essencialmente
o prazer.
Fico
a perambular pelo teu corpo
a
buscar dobras e fendas,
a
encher minhas mãos com os teus seios,
apertá-los
assim por inteiro
até
sentir escorrer por tuas costas,
teu
suor e molhar meu peito,
para
depois sugar de ti o alimento,
vinho
branco, licoroso e denso
e
me embriagar até não mais poder.
Não...
ainda é cedo!
Pois
estar em ti é um direito
que
eu preciso saborear bastante
antes
de poder exercer.
Pois
quero ainda aumentar o delírio,
o
desejo, o latejar compulsivo,
ver
em teus olhos a entrega, o eu preciso
do
que os meus lábios oferecem sedentos
aos
teus outros lábios molhados, sagrados,
pois
aí, mora o tormento e o encanto,
testemunhas
que em determinado momento
denunciam
pela abundância e espasmos
a
certeza de um intenso orgasmo
que
eu fui capaz de te trazer.
Aí
sim, penetrar-te suave e premeditado,
e
lentamente levar-te a uma nova viagem
que
ao terminar nos deixará abraçados,
adormecidos
em simbiose perfeita,
pois
ao acordarmos, ainda quero estar
abusadamente
dentro de ti.
É linda,é única!
ResponderExcluirPOETA,DEMAIS...SEM PALAVRAS..
ResponderExcluirUm delicado passeio!
ResponderExcluirParabéns, Naldo!