terça-feira, 8 de novembro de 2011

ESFINGE (LUZ E SOMBRAS)


   NALDOVELHO

   Há um jeito impreciso
   na forma de você falar comigo,
   um quê de quero, não quero,
   e aí então você me diz:
   se você vier eu espero,
   mas só posso lhe garantir uma dança.

   Há um sorriso enigmático,
   toda a vez que eu lhe dedico um poema,
   um quê de já eu conheço esta história,
   ranhuras gravadas em sua memória,
   tantas que mais parece uma esfinge.

   Há um quê de sedução
   naquilo que eu não consigo compreender,
   no olhar que expõe rachaduras,
   no sorriso que me desafia a coragem,
   nas sombras que devoram meu coração.

   Há um quê de veneno
   na paixão que eu não consigo conter,
   nos seus poros, na sua pele,
   nos seus lábios e no enigma
   que eu vejo em você.

Um comentário:

  1. Belo, belo, querido Naldo! Em meio a tantos *quês* um de beleza absoluta. Bjs Eliane Triska

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