NALDOVELHO
Manhã nublada,
dia sombrio de outubro,
na orla o mar espanca o rochedo,
pelas ruas o vento atiça meus medos.
Nos jornais as notícias, o arrepio,
o curto circuito, desencapados os fios
e a estranha sensação de estar fora de hora,
de não ser mais este o meu lugar.
Acho que eu fui embora faz tempo,
e nem sei se um dia vou voltar.
Manhã nublada,
dia sombrio de outubro,
mexo e remexo em meus apontamentos,
um poema amargo foi o que restou.
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