NALDOVELHO
Eu sei de uma carta
escrita na pedra,
ilusões alinhavadas
em versos,
palavras de puro
desassossego
de quem revelou seus
segredos,
vivenciou o anjo e o
demônio,
e depois de um tempo
se perdeu.
Eu sei de uma carta
que pouca gente leu!
palavras enxertadas
de heresia,
poema de solidão e
clausura,
versos forjados na
demência de um poeta
que ao rasgar mapas e
planos,
soçobrou naufrago do seu
desengano.
Eu sei de uma carta
escrita, faz tempo,
poema encharcado de
ternura,
vez em quando leio em
voz alta
na esperança de conseguir
entender
a alma demente de um
sonhador,
versos entrelaçados
de amor e dor.
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