NALDOVELHO
Novelos de lã embaraçados, tapeçaria
inacabada,
janela escancarada, manhã sonolenta
de maio,
um vento frio invade o meu quarto,
em cima da mesa, folhas de papel em
branco,
faz tempo não escrevo nada.
Na vitrola um disco de vinil, ainda
os tenho!
Mania de coisas antigas,
guardados que me alimentam o
espírito,
significados, imagens, poemas,
coisas de há muito ultrapassadas.
Pelas ruas floresce a loucura
e eu aqui a insistir na ternura
tento desencravar um verso.
Na estante meus santos conversam,
o eremita observa e se compadece.
Maria que a tudo assisti,
amorosamente sorri!
Uma beleza de poemas, sensível, sentido, maravilhoso !!!
ResponderExcluirMão e coração de poeta, para sempre.
Gratidão querido amigo Naldovelho.