NALDOVELHO
Sem temer a solidão e o silêncio
o poema caminha pelas ruas
em busca de novas possibilidades.
Ignora o que o passado possa lhe
dizer,
nega nostalgias e saudades,
e ao tentar dobrar esquinas,
colhe sementes de pé de vento,
distanciamentos, fim dos tempos.
Sem temer a solidão e o silêncio
o poema já não reconhece
a saudade ardida, a lágrima
derramada,
a despedida...
Ignora a dor do poeta,
virou coisa fria e amarga,
semeia um tempo de indelicadezas,
nada que possa nos emocionar.
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