NALDOVELHO
Sobre a pedra polida e fria
a água se espalha
em busca de um caminho.
Sob a pele que permeia o dia
um leito ressequido de rio.
Sob a rua enluarada
os intestinos da cidade.
Da janela do meu quarto
eu percebo no horizonte
pássaros em revoada
em busca de um oásis distante.
Minha alma chora,
mas ainda é cedo para ir embora.
Não há nada de novo nas horas,
tudo é hoje como era antes.
E uma voz numa prece suplicante
pede ao Pai por piedade,
pois eles não sabem o que fazem...
Até quando?
Nenhum comentário:
Postar um comentário