NALDOVELHO
Bebi todo o
meu conhaque,
fumei todos
os meus cigarros,
alguns nem
eram cigarros,
perambulei por
toda a cidade,
amei muitas mulheres,
apesar de
nem sempre
tê-lo feito
certo.
Frequentei becos
sombrios,
templos,
terreiros, sacristias,
casas
suspeitas e bares,
conversei
com mendigos,
ambulantes,
transeuntes,
prostitutas
e meliantes,
gentes de
todos os matizes,
dei
gargalhadas indecentes,
enlouqueci
diversas vezes,
fiz
discursos incoerentes,
e nem sabia dizer
o porquê!
Dobrei muitas
esquinas,
injetei em
meu corpo
uma boa
quantidade de veneno,
sufoquei em
meu peito
perdas e
sentimentos,
cultivei
descrenças e heresias,
e ao
tropeçar num punhado
de palavras
vazias,
morri a
morte dos tolos.
Renasci
poeta...
Até agora
nem sei dizer bem o porquê!
lindo. Vou publicar no meu blog. Abraço!!
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