NALDOVELHO
A
loucura, o suor, suas sardas,
seus
seios abusados provocam
o
arrepio que assola minha pele,
as
dobras, suores, assombros,
sua
boca a extrair do meu corpo
um
orgasmo convulsivo, nervoso,
sou
fantasma aprisionado em seu cio
e
na poesia de um encontro obsceno,
no
seu cheiro misturado ao meu cheiro,
em
nossas pernas trôpegas e embaraçadas,
num
vai e vem cada vez mais apressado
desta
coisa ardida de um quero não quero,
e
eu ainda escuto este maldito bolero,
e
me lembro de última dança,
e
por mais que eu disfarce fico excitado,
madrugada
de setembro em segredo,
sentimentos
escondidos no armário,
seus
retratos, cartas, poemas,
vez
por outra ainda pego e choro
a
saudade que eu sinto de você.
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