NALDOVELHO
Busco
uma palavra perdida, faz tempo,
entre tantas que eu deixei de falar,
entre tantas que eu deixei de falar,
uma
lágrima chorada pra dentro
por
conta de um arrependimento,
um
adeus dito da boca pra fora,
e
eu juro que tentei ir embora,
mas
o trem resolveu não passar.
Busco
uma palavra macia
capaz
de resgatar em mim a magia
do
carinho que eu neguei ofertar,
de
uma história não escrita,
de
um sorriso tristonho e arredio,
de
um poema escondido no armário,
de
uma janela que eu não consigo encontrar.
Busco
o meu amor derradeiro,
ainda
preservo em meus dedos o seu cheiro,
na
mesinha de cabeceira o seu retrato,
e
não raro escuto os seus passos,
e
por tê-la aconchegada em meus sonhos,
temo
que qualquer dia desses
eu
não queira mais acordar.
Busco
uma tarde chuvosa de outono,
uma
música visceral e profana,
saxofone,
contrabaixo e piano...
Eu
queria dizer tantas coisas,
eu
queria mostrar os meus livros,
e
a quantidade de poemas sofridos,
por
conta da palavra que eu deixei de falar.
Ai, que maravilhoooooooooooooooooooosooooooooooooooooo, Naldo Velho, inspiradíssimo, amei, bjssssss
ResponderExcluirGostei de ler Naldo! Bem escrito (aliás, como sempre). Boas inspirações hoje e sempre e: Viva a Poesia!
ResponderExcluirTambém tenho uma palavra perdida,sempre a espero de mim mesma...Que lindo poema meu Poeta!
ResponderExcluirlindooooooooooooooo
ResponderExcluirlindooooo
ResponderExcluirlindo..
ResponderExcluirmuito lindo
ResponderExcluirlindissimo poema...
ResponderExcluirOlá amigo...quando o poeta perde a palavra, é justamente quando ele traceja os versos mais profundos.....feliz domingo......abreijos
ResponderExcluirBELÍSSIMO TEXTO POETA
ResponderExcluirPerfeito e pleno!
ResponderExcluirAdorei amigo meu...Parabéns!
Um lindo domingo e grande abraço.
" Busco o meu amor derradeiro,
ainda preservo em meus dedos o teu cheiro,
na mesinha de cabeceira o teu retrato,
e não raro te encontro em meus sonhos,
e por estar aconchegado em teus bracos,
temo que qualquer dia desses
eu não queira mais acordar."
APAIXONANTE....
Consegui ouvir a melodia tocada nesta tarde de outono chuvosa e profana.
ResponderExcluirLindooooo!
Saudade do que não foi, não disse,, não fez??? Saudades de gente poeta....E dói....
ResponderExcluirComo tudo que vc escreve....maravilhoso...invade a alma...
Emilia Casas