NALDOVELHO
Eu
vejo uma beleza perversa
no
poema que transpira novembro
num
misto de sombra e sussurro,
palavras
presas num quarto escuro,
entardecer
numa cidade deserta
e
um vento nostálgico que alerta
que
apesar de ter derrubado muitos muros,
muitos
outros ainda teimam em me aprisionar.
Eu
vejo uma aspereza sombria
nas
palavras que me causam arrepio,
num
misto de sonho e loucura,
de
intimidades reveladas, ternura,
demônios
apaziguados, faz tempo,
amores
eternizados lá dentro,
pois
por mais que ele tenha tentado,
o
mundo não conseguiu me devorar.
Eu
vejo uma certa suavidade na tarde
que
inunda meu coração de saudade,
palavras,
cores, fragrâncias,
músicas
que não me saem da lembrança,
e
aquela beleza perversa
do
poema que transpira novembro,
se
eu bem me lembro, tarde chuvosa,
um
beijo de adeus, um sussurro...
Ah, que poema lindo! Obrigada querido Poeta! Poesia pura.
ResponderExcluirQue linda poesia beijos
ResponderExcluirCertamente tens um olhar diferenciado para o mundo!
ResponderExcluirParabéns, sempre!
Bjssss