NALDOVELHO
Candeeiro aceso
no parapeito da janela
observa o firmamento.
É noite ainda, quase madrugada,
lá fora, uma lua azulada
abençoa a cidade
e as pessoas não percebem
que apesar do silêncio
as ruas permanecem acordadas.
Aqui dentro, luz e sombras
numa batalha sem fim
devoram minhas entranhas.
Morre o homem que eu sou,
Prisioneiro do seu tempo.
Sobrevive o homem que eu sonho
abraçado a sua imensidão.
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