NALDOVELHO
Vidraça
estilhaçada, umbigo dolorido,
cacos
espalhados por toda a casa,
alguns
restam espetados pelo corpo.
Lágrima
cristalizada, olho esquerdo ardido,
coração
afrontado vez por outra reclama,
diz
que há mais cinzas do que chamas,
se
recusa a escrever sobre o outono,
diz
apenas que março cheira a abandono,
prefere
poemas friorentos de julho,
ou
então renascer a cada princípio de agosto,
ainda
que permaneçam rugas em meu rosto.
Portanto,
não me peçam versos patéticos,
prefiro
não escrever poemas de amor,
e
ainda que eu mantenha a ternura e o lirismo,
é
só uma forma de dissolver minha dor.
Na imagem belissima surge um poema que não basta le-lo uma única vez...Li e reli, e absorvi a beleza dos versos!!parabens querido NALDO...
ResponderExcluirbom vir aqui....
com carinho
heloisa crosio
Muito bom no fim de noite, ler seus belos poemas. Amei...Abs
ResponderExcluirMuito bom. Belo blog.
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