sexta-feira, 11 de maio de 2012

COMPORTAS ABERTAS (ARQUIVO)


   NALDOVELHO

   Comportas abertas derramam versos
   que atingem em cheio o coração do poeta
   que renovado proclama que a enchente instiga
   feitiços tamanhos, falares diversos,
   remédios pras dores das muitas feridas
   e traz também a alquimia das águas,
   e traz melodia, ainda que estranha,
   e desperta a magia que existe em mim.

   Abertas as portas da casa que eu tenho,
   um rio me invade, inunda meu quarto
   e faz corredeiras dentro de mim.
   Aberta a janela, que existe na sala,
   a lua que eu amo ilumina o ambiente,
   que bom que a lágrima espantou estiagem,
   e a poesia circula livremente em mim.

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