NALDOVELHO
Ao amanhecer naquela cidade
um menino na mais tenra idade
caminhava impunemente pelas ruas
e ele nos trazia braçadas de flores,
algumas ainda com espinhos,
outras, de pura felicidade.
Mas as pessoas que ali viviam,
por mais olhos que tivessem,
perceber não conseguiam,
se afastavam em silêncio,
pois com medo da verdade
calavam seus corações.
Mas com o seu jeito franco
e um olhar terno e penetrante
ele insistia em conversar com elas
como se as conhecesse por dentro,
e dizia que ele também era filho de
Deus,
só que diferente.
E assim agia aquele menino
do amanhecer ao anoitecer
na esperança de que um dia
corações e mentes daquela cidade
pudessem enfim compreender.
Palavras da salvação!
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