NALDOVELHO
E eu te direi das sementes
que germinam em minha alma,
das ilusões que trago comigo,
das emoções que macero em meu umbigo,
das imagens que eu cultivo em segredo,
das orações que vencem meus medos,
do ser que eu construo pouco a pouco,
das cicatrizes espalhadas pelo corpo,
dos escombros, dos restos de demolição.
E eu te direi dos sonhos que povoam
meus dias,
da estranha mania de escrever
poesias,
das músicas que aquecem o meu
coração,
da necessidade de cultivar a solidão,
dos enredos desfeitos, dos caminhos
estreitos,
da necessidade de sentir na pele o
arrepio,
de ter em meus olhos uma nascente de
rio,
das lágrimas que choro no chuveiro...
Ainda que estejas longe, eu te direi!
Nenhum comentário:
Postar um comentário