NALDOVELHO
Eu sei de uma casa de se morar
e por lá meu coração faz pousada,
minha mente tece enredos,
meu tempo caminha em segredo
e minha vida se constrói em paz.
Eu sei de uma casa de sonhar
e lá eu preservo minha raízes,
saudades, lembranças, retratos,
cartas, bilhetes, histórias,
coisas preciosas de se guardar.
Eu sei de uma casa de aconchegos,
lá as paredes escrevem poemas,
gotejam palavras em versos,
e despejam em mim delicadezas,
sutil maneira de me abraçar.
Eu sei de uma casa de imensidões,
e por lá sementes de estrelas
pequeninas
que mais parecem purpurina,
mas que quando crescidas
vão morar num infinito de se alcançar.
Eu sei de uma casa que não é minha,
e ela vive de portas e janelas abertas
para todos que quiserem visitar,
e minha alma agradece com uma prece
aos que creem na magia que existe por lá.
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