NALDOVELHO
Coisa esquisita este meu tempo
às vezes pleno de açodamentos,
às vezes pachorrento demais,
com dias de ventania
e em outros, de calmaria,
de caminhar em silêncio pela orla
apesar da turbulência das águas,
de aprender os segredos dos ventos
apesar da dor dos meus
desentranhamentos,
de abrir mão dos sonhos de outrora
apesar da poesia que eu posso agora.
Coisa esquisita este meu tempo
de solidão a acariciar minha alma,
de proximidade da revelação dos
mistérios
e assim poder apaziguar meu espírito...
Coisa esquisita é poder entardecer,
olhar pela janela do meu quarto
e não ter mais medo de Você.
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