Nem todos os cadáveres estão prontos
para serem devorados
pelos abutres de plantão.
Muitos ainda caminham pelas ruas
e teimosos que são,
recusam-se a sair de cena,
eternizados pela ambição.
Nem todas as crenças são boas
para serem perpetuadas
pelos crentes de profissão.
Muitas se mostram contaminadas
pelo ódio e pela violência,
onde irmão subjuga irmão,
inocentes são sacrificadas em desgraça,
muitos, mutilados em plena praça,
em nome de um deus sombrio
que fanatiza pobres crianças
em nome de uma abominação.
Nem todos os deuses são imortais
muitos são cruéis, virulentos e imorais,
e se entre nós recebem acolhida,
é porque mais parecemos animais,
apegados que ainda estamos
aos mais sangrentos instintos,
às mais perversas paixões.
Nem todos os poemas são bons.
Muitos eu escrevo,
por não ter outra opção!
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