domingo, 14 de julho de 2013

EU TE AMO - POEMAS DE LUZ E SOMBRAS

    NALDOVELHO

   A fragilidade dos escudos que eu carrego,
   as cicatrizes espalhadas pelo corpo,
   as feridas que persistem por dentro,
   a nostalgia, a saudade, a dança do tempo.

   As lágrimas que em segredo ainda choro,
   o sorriso a que me obrigo no rosto,
   os sonhos que alimentam a esperança,
   a vontade de voltar a ser criança.

   Esta música que insistentemente me devora,
   mês de julho, inverno, chuva fria,
   vidraça embaçada, cidade nublada
   e a dor de ser um prisioneiro das madrugadas.

   A delicadeza dos poemas que eu faço,
   a leveza das palavras que eu escolho
   para dizer que mesmo depois de tantos e tantos anos,
   eu continuo a dizer: eu te amo!


2 comentários:

  1. "A fragilidade dos escudos que eu carrego,"
    levam à
    "A delicadeza dos poemas que eu faço,"

    Sempre genial!
    Parabéns, Grande Bardo!
    Abraços

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  2. Se - ser um prisioneiro da madrugada - fizer pessoas dizerem com leveza as palavras de amor, da mesma forma que voce, Naldo Velho, as diz, todos deveriam ser prisioneiros da madrugada!
    Sempre te lendo... Damáris

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