NALDOVELHO
Embaraçado
em teus cabelos,
amanheço
encharcado de sonhos
e
na suavidade dos teus carinhos,
me
alimento de cheiros e zelos.
Envolto
em seivas e vinhos,
me
embriago em delicadezas,
minha
alma emoldurando o teu corpo,
minhas
pernas já nem sei onde estão.
Na
tua pele sardenta,
eu
escrevo poemas indecentes,
registros
da minha demência,
segredos,
grunhidos, urgências.
Nas
dobras, nas fendas, abismos,
eu
morro de dor a cada orgasmo,
minha
carne exposta em postas,
meu
sêmen derramado pelo chão.
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