Cortinas
rasgadas, janela entreaberta,
sala sombria,
estranha, inquieta.
Sobre a mesa
de centro, num vaso de flores,
rosas
murchas, faz tempo.
No fundo da
sala, quadros amarelados,
retratos de
família, lembranças de um passado.
Na parede ao
lado, numa estante,
livros,
empoeirados, fechados.
Deitado num
sofá um siamês
lambe as
patas, e a tudo observa...
No canto da
sala, numa pequenina mesa,
um abajur
aceso, pálida luz, tristeza.
Por uma porta
que liga, a sala ao corredor,
dois quartos
dispostos, opostos, fechados
e um pequeno
e aconchegante banheiro.
No final do
corredor, espaçosa cozinha,
porta dos
fundos e um amplo basculante,
de onde se
pode ver, num quintal mal tratado,
árvores hospedeiras
de orquídeas e trepadeiras.
Na frente da
casa, numa pequena varanda:
samambaias,
bromélias e uma espreguiçadeira.
Rua Noronha
Torrezão, já nem lembro o número,
pois o que
restou em minha mente
foi uma
pequena placa afixada no portão:
VENDE-SE UMA
ILUSÃO!
Que perfeito amigo Naldo!
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