NALDOVELHO
Há um tempo vazio em meus
pensamentos,
securas de sonhos, lacunas
estranhas,
estiagem de versos, de
lágrimas, de gestos,
Há um tempo de exorcizar meus demônios,
fim de tarde de outono, dia frio e nublado,
chuva fina que chega e embaça a vidraça.
Há um tempo de dor ao rever os meus passos,
deixei por lá muitos rastros,
vestígios, escolhas,
muitas delas erradas,
indelicadezas.
Há um tempo de insônia, madrugada inquieta,
luz do quarto acesa, rua deserta, tristeza,
e a palavra verdade a renascer dos escombros.
Há um tempo que eu penso que ainda há algum tempo,
para limpar meus armários, espantar os fantasmas,
abrir as janelas, dar um jeito
em meu quarto.
Há um tempo que eu tenho para
achar as respostas,
descobrir sobre as chaves que
abram as portas,
libertar a pessoa que eu
sempre quis ser.
Há um tempo para que eu possa dizer Te amo!
Quem sabe eu ainda consiga viver os meus sonhos?
Quem sabe eu possa chorar aninhado em Teus braços?
Há um tempo que eu preciso
para terminar de viver.
Naldo, sempre lindos seus versos. Sempre cativante a poesia neles contida. Parabéns!!!
ResponderExcluirNaldo,poesia maravilhosa como sempre vc faz!Adorei e achei muito comovente!Bjs,
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