sexta-feira, 16 de setembro de 2011

QUANDO ALONGO OLHOS (LUZ E SOMBRAS)


   NALDOVELHO

   Quando alongo olhos de horizonte,
   percebo a pequenez da palavra pavio,
   a complexidade do emaranhado de fios,
   a amplitude das coisas sem dono
   e a insensatez de vivermos com pressa.

   Quando alongo olhos de cidade,
   percebo a pequenez da palavra distância,
   a complexidade da palavra conversa,
   a frustração de acordar de um sonho
   e descobrir que somos apenas humanos.

   Quando alongo olhos de permanecer,
   percebo a pequenez da palavra descrença,
   a complexidade do ciclo das águas,
   a “infinitude” da palavra caminho,
   e reconheço que ainda há muito a aprender. 

2 comentários:

  1. A distançia e triste mas vc fez uma maravilha com o poema.Ilca Karla Santos

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  2. Mais uma maravilha que chega para ficar em nossos corações que se alonga com a sua sensibilidade...
    Com admiração e carinho
    Sandra

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