NALDOVELHO
Tem coisas que eu não
consigo entender,
perguntas que ainda não
sei fazer,
lembranças que já não
necessito guardar,
é bem verdade, algumas
teimam em me assombrar,
mas estas ficam por
conta dos demônios
que ainda não consegui
exorcizar;
lugares onde eu não preciso
mais ir,
emoções que eu já não tenho
que sentir...
Já estou cascudo demais
para certas coisas
e hoje eu só quero a
paz de continuar a existir
na quietude da certeza
de um porvir
aonde toda a luz virá
me iluminar
e o inevitável recomeço
me abençoar.
Enquanto isso: no
infinitivo vou alicerçando melhor
a casa que eu teimo em
erguer sobre a rocha,
para no tempo certo
construir mais um andar.
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