NALDOVELHO
A
poesia não precisa de mim,
a
palavra que brota assombrada, sim!
E
ela escorre adocicada
na
mistura de veneno e orvalho
com
o medo de morrer num naufrágio,
da
necessidade de seguir em viagem
com a
esperança que levo na bagagem,
do
sangue que se arrasta em minhas veias
com
os feitiços conjurados na lua cheia,
da
solidão que me envolve e alicia
com
a mania de acreditar em magia.
A
poesia não precisa de mim!
Eu
é que preciso dela até o fim.
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