NALDOVELHO
Uma vela acesa num quarto escuro,
a necessidade de derrubar um muro,
é preciso abrir tramelas, portas, janelas,
cancelas,
refletir sobre as coisas que a vida
nos revela,
caminhar noite adentro, madrugadas ao
relento,
viajar com as asas que temos por
dentro,
atravessar ruas, dobrar esquinas,
aprender passo a passo sobre o que a
dor nos ensina,
quebrar correntes que nos mantém em
clausura,
buscar no carinho ofertado um verso
de ternura,
é preciso colher os frutos trazidos
pela inquietude,
semear esperanças, buscar amplitudes,
tirar a venda que nos impede a visão,
libertar a palavra aprisionada em
minha solidão.
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