NALDOVELHO
Eu
sei de um pé de vento
que
às vezes venta por dentro
e
espalha pela casa
retratos,
cartas, bilhetes,
folhas
de papel manuscritas,
poemas
inacabados,
vestígios
do meu passado.
Se
eu deixo a janela aberta,
aí
é que aumenta o estrago!
Outro dia encontrei numa esquina
o
seu retrato todo amassado
e
do outro lado da rua,
o
meu livro de poemas,
bastante rabiscado.
Vento que venta por dentro,
respeite
os meus sentimentos,
preserve
a minha história,
não
revele os meus segredos
sem
o meu consentimento.
vento: não saia de seu pé!
ResponderExcluirBelíssimo!!!
ResponderExcluirBelíssimo!
ResponderExcluir