NALDOVELHO
Falhas,
pequenos sulcos,
rachaduras
na armadura
por
onde passa a saudade,
dor
aguda de fratura,
nostalgias
de um poeta.
Sinto
a falta de um cigarro
e
de uma dose de absinto,
sax tenor e um trompete,
baixo
acústico e um piano
insidioso e profano
a
compor meus desenganos.
Muitas
notas dissonantes
numa
pauta bem complexa,
já
não tenho vinte anos,
a
artrose incomoda
e
as palavras fazem pouco
da
tentativa de um poema
que
revele meus segredos,
que
descortine meu enredo,
pois
já não restam muitas portas,
e
se esqueço da janela aberta,
sinto
o açoite do inverno,
não tenho mais o sangue quente
e
minha pele hoje fina,
qualquer
coisa faz sangrar.
SAUDOSA E LINDA...<3
ResponderExcluirMAGAL ROCHA.