terça-feira, 11 de junho de 2013

PALAVRA VEM, PALAVRA VAI - POEMAS DE LUZ E SOMBRAS

    NALDO VELHO
   Dedicado a poeta Rivkah Cohen

   Que os teus versos eram inquietos?
   Disto eu já sabia!
   Já que na promiscuidade das vogais
   acasaladas às consoantes,
   costumas gerar palavras inúmeras,
   adjetivas, substantivas, e até verbos?
   Nada de novo!

   Só não sabia das tramas,
   feitiços que elas eram capazes de urdir.
   Agora não tem mais jeito!
   Palavra projetada em poema,
   vibra no espaço e retorna;
   o bom filho a casa torna
   e traz consigo o carinho
   de energias benfazejas,
   de sementes outras, belezas,
   poemas escritos distantes,
   por mãos incógnitas fronteiras,
   de quem não viveu teus dramas, 
   mas é capaz compreender.

   Pois aquilo que mais almejas,
   é a certeza da Paz duradoura
   com todos em volta de uma mesma mesa,
   não importando o credo ou a raça,
   e se a semântica nos põe em desgraça,
   a poesia a tudo conserta,
   mostra que o amor e mais forte,
   e acreditar nisto é preciso!
   Pois a paz duradoura entre os homens
   há de ser nosso grande tesouro,
   é só continuar vibrando inquietude,
   é só continuar semeando esperança
   para que um dia possamos,
   todos, colher compreensão.

   Quem bom minha amiga querida!
   A palavra viajou pros distantes,
   rompeu fronteiras, semeou delicadezas,
   e hoje retorna ao teu colo
   em forma de um outro poema,
   a mostrar que a razão do poeta é mais forte,
   é semente, o cultivo e a colheita;
   é a pretensão de ser um mensageiro da Criação.


Nenhum comentário:

Postar um comentário