terça-feira, 4 de junho de 2013

O CORPO QUE EU HABITO - POEMAS DE LUZ E SOMBRAS

    NALDOVELHO

   O corpo que eu habito
   é como se fosse um lugarejo,
   ruas estreitas, travessas,
   becos úmidos e sombrios,
   esquinas, algumas, em festa,
   outras, tristemente, desertas,
   calçadas, meios-fios, desafios,
   lugares solitários e frios,
   uma praça ajardinada sorrindo,
   onde a criança que eu tenho
   costuma brincar.

   O corpo que eu habito
   é como se fosse um lugarejo,
   uma capela, pequenina, sempre aberta,
   muitas casas, com nomes escritos nas fachadas,
   muita gente por lá vive alegremente,
   outros vivem insatisfeitos, inquietos,
   não aceitam quando a saudade diz presente!
   São feridas que insistem em sangrar.      


6 comentários:

  1. Que lindo querido o corpo que habitas!!!
    A saudade, faz parte dos fragmentos da estrada, das boas lembranças deixadas com gosto de novamente reviver.
    O corpo que insiste em brincar de amarelinha, vislumbra todo povoado com suas dores e alegrias e moradias e amores.
    É a criança viva que pulula todo amor no pensar.

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  2. Adorei!! A tristeza e a alegria andam juntas. não são como água e óleo.

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  3. Adoro visitar essa paisagem cheia de poesia...

    Beijos

    Vânia Moraes

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  4. Parabens poeta é a eterna procura dos eus.

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  5. ...o corpo que eu habito tem nomes diversos:
    nostalgia,
    alegria,
    e a soma disso tudo
    rima com poesia...

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  6. Um lugarejo é um bom lugar para ser um corpo que se habita!
    Achei o seu poema muito criativo, parabéns!

    Isa Lisboa
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