NALDOVELHO
O
corpo que eu habito
é
como se fosse um lugarejo,
ruas
estreitas, travessas,
becos
úmidos e sombrios,
esquinas,
algumas, em festa,
outras,
tristemente, desertas,
calçadas,
meios-fios, desafios,
lugares
solitários e frios,
uma
praça ajardinada sorrindo,
onde
a criança que eu tenho
costuma
brincar.
O
corpo que eu habito
é
como se fosse um lugarejo,
uma
capela, pequenina, sempre aberta,
muitas
casas, com nomes escritos nas fachadas,
muita
gente por lá vive alegremente,
outros
vivem insatisfeitos, inquietos,
não
aceitam quando a saudade diz presente!
São
feridas que insistem em sangrar.
Que lindo querido o corpo que habitas!!!
ResponderExcluirA saudade, faz parte dos fragmentos da estrada, das boas lembranças deixadas com gosto de novamente reviver.
O corpo que insiste em brincar de amarelinha, vislumbra todo povoado com suas dores e alegrias e moradias e amores.
É a criança viva que pulula todo amor no pensar.
Adorei!! A tristeza e a alegria andam juntas. não são como água e óleo.
ResponderExcluirAdoro visitar essa paisagem cheia de poesia...
ResponderExcluirBeijos
Vânia Moraes
Parabens poeta é a eterna procura dos eus.
ResponderExcluir...o corpo que eu habito tem nomes diversos:
ResponderExcluirnostalgia,
alegria,
e a soma disso tudo
rima com poesia...
Um lugarejo é um bom lugar para ser um corpo que se habita!
ResponderExcluirAchei o seu poema muito criativo, parabéns!
Isa Lisboa
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