Palavras escondem lamentos
que
só os doídos por dentro
conseguem
se aperceber.
Histórias
aos pedaços, memórias,
vestígios
de lágrimas, fragmentos
de
poemas abortados pelo medo
de
se sofrer além da conta
por
não resistir a lembrança
de
quem hoje vive longe demais.
Por
isto meu último poema
vai
se permitir dobrar esquinas,
vai
ignorar seu rosto de menina,
vai
rasgar todos as suas cartas,
vai
recusar o último beijo
e
vai parar de olhar para trás.
Por
isto meu último poema
vai
enterrar de vez a saudade,
queimar
lençóis, travesseiros e fronhas
na
esperança de sumir com o seu cheiro
pois
ao amanhecer já será outono
de
folhas mortas pelas ruas da cidade
e
na próxima esquina o esquecimento
já
terá tomado conta de mim.
Por
isto o meu último poema
vai
sair de cena sem fazer alarde,
antes
mesmo que possa ser lido,
pois
serão apenas palavras amontoadas,
dispostas sem o menor sentido,
coisa
para feita para que ninguém possa entender.
LINDISSIMO .........querido poeta...lindíssimo.
ResponderExcluircom carinho
heloisa crosio
Que coisa mais linda, que emoção, espero que somente o título deste poema seja "o último poema", nunca, enquanto estiver viva e puder ler, vou poder viver sem ler seus poemas, Naldo Velho!
ResponderExcluirAmigo Naldo... belíssimo poema... parabéns e obrigada por compartilhar... Abraço.
ResponderExcluirboa tarde Naldo ! suas palavras cantam uma melodia cheia de sonhos, encantos e amor ....sentimentos e raízes de puro amor! obrigada! Estar aqui é um privilégio...Deus lhe abençoe ! sonia
ResponderExcluirParabéns, Naldo, seu poema é maravilhoso! Beijos, Marise
ResponderExcluirParabéns, Naldo, seu poema é maravilhoso! Beijos, Marise
ResponderExcluirBela construção poética!
ResponderExcluirA partir do título, passeamos por uma "suposta" despedida que emociona os leitores em todos os seus versos.
Parabéns, caro amigo!